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Valorização dos servidores, expansão e interiorização são os novos desafios da nova gestão da FCP

Foto do escritor: Will JuniorWill Junior

Atualizado: 4 de mar. de 2023



Thiago Farias Miranda tem 30 anos é Advogado, Mestrando em Gestão Pública e atual presidente da Fundação Cultural do Pará – FCP há cerca de três semanas. Nesta entrevista, o novo presidente discute os desafios que encontrou até agora, bem como seus planos para o futuro da fundação.

Apesar da curta gestão, já enfrentou um grande desafio: administrar o Carnaval do estado, organizado pela fundação. “Encontrei desafios a partir da primeira semana, pois, pegamos a fundação na semana do carnaval porque fazemos todas as atribuições estaduais dos carnavais. Toda a parte de fomento cultural é feito pela fundação, então este foi o nosso primeiro desafio, o de fomentar todos os carnavais dos municípios do estado do Pará.” Afirmou ele.

Thiago Farias comentou que existem novos desafios pela frente e alguns deles já estão pré-estabelecidos de acordo com o calendário já existente da fundação. “Um grande desafio que está por vim é o mês junino, por exemplo, porque a gente já sabe o tamanho dessas festas”, foi enfático ao falar sobre os novos eventos que estão previstos.

O novo presidente destaca que pretende fazer uma grande interiorização da fundação, com o intuito de levar os projetos e serviços ofertados para os locais mais distantes para conseguir atingir o estado inteiro, para todos.

“Vislumbramos também fazer uma interiorização da FCP, tornando a fundação conhecida também no interior do Pará e tentar levar um braço da fundação para estes locais.”

O gestor deu ênfase no organograma interno da Fundação Cultural do Pará, bem como, todo o seu funcionalismo. Enfatizou a importância de valorizar os servidores da casa com o intuito de propiciar um melhor desenvolvimento das atividades e crescimento da fundação. “Neste primeiro momento nossas mudanças estão sendo administrativas. Tentando ao máximo valorizar os servidores da casa, as pessoas que já trabalham na fundação”, disse o presidente, comentando em seguida que pretende dar prioridade aos servidores que já fazem parte da casa, principalmente nas coordenações e direções para o melhor funcionamento administrativo do órgão.

Foi perguntado ao gestor sobre os projetos que estão em andamento atualmente. “Temos alguns pedidos, inicialmente. Pois, existe um trâmite muito grande na questão de apoio aos aniversários das cidades, então já tem alguns prefeitos solicitando o apoio a eventos tradicionais também. Temos alguns projetos desafiadores também, que é a própria manutenção de diversos espaços abrangidos pela fundação.”

Partindo desta tratativa sobre projetos, durante a entrevista o gestor esclareceu que há a possibilidade de abrir outros novos editais, porém, isso vai depender da análise e estudo sobre as demandas, viabilidade e cada seguimento. Tudo isso com o intuito de realizar os projetos com a maior qualidade possível.

Thiago Farias comentou brevemente sobre os espaços da fundação, mas mais especificamente sobre “A Casa de Artes”. Foi enfático ao dizer que o referido local está funcionando de maneira regular e que suas atividades não estão interrompidas, devido a compreensão da importância e referência do espaço para a cena cultural e artística do estado do Pará. O presidente foi claro e objetivo dizendo: “A casa das artes está funcionando normalmente e está aberta ao público em sua totalidade”.

A comunidade local e a população em geral se mostrou ser a grande fonte motriz do desenvolvimento da atual gestão, trazendo o protagonismo e valorizando a mão de obra local, bem como, a produção regional e suas vertentes, envolvendo a comunidade na execução e elaboração dos projetos e serviços realizados pela instituição. “Desde as oficinas nós chamamos a mão de obra local, os insumos locais também e levar os eventos para outros locais mais distantes também. O planejamento também sobre possíveis distribuições de prêmios e a mobilidade de algumas pessoas para o centro de Belém.” Afirmou Thiago.

Sobre as parcerias e apoio externo, Thiago Farias argumentou que apesar de possuir o requisito técnico, também é do ‘meio político’, possuindo conhecimento em diversas áreas e localidades, facilitando a porta de entrada para futuras parcerias e apoio externo, tanto na esfera estadual, quanto na esfera federal facilitando o crescimento e desenvolvimento da fundação, unindo o quesito técnico com o quesito político. Mencionando inclusive sobre as parcerias da iniciativa privada, que apesar da burocracia, são braços importantes de apoio para a execução de projetos dentro da fundação e que a burocracia é necessária para a responsabilidade com o erário público, tornando os processos mais organizados, permitindo a lisura dentro deles ofertando maior qualidade como resultado e a depender de cada caso, inclusive, dá pra realizar através das leis de incentivo, sempre dependendo de um estudo para definir os objetivos, estrutura e sua viabilidade. Sempre com a intenção de maximizar o tamanho da fundação.

“Como a gente lida com orçamento público, a burocracia é necessária. Ela é um mal necessário, até mesmo para ter responsabilidade com o erário público. Mas de qualquer forma nós temos uma secretaria que faz jus a todas as parcerias, como a lei semear. Talvez a lei semear seja a grande fomentadora das parcerias privadas. Temos alguns estudos inclusive para fortalecer a lei semear, chamar novas empresas e abrir para nossas pessoas. Estamos nesse momento estudando e fazendo os pareceres. Ainda iremos nos sentar com a SEPLAD, com a procuradoria, procurar a forma mais viável da gente fortalecer o que já acontece.”

Finalizando a entrevista, o novo presidente da Fundação Cultural do Estado do Pará, comentou sobre as expectativas a longo prazo da fundação objetivando a reestruturação, reforma e revitalização de seus espaços. “Atualmente nós estamos trabalhando na reestruturação e modernização do CENTUR. Pois é um grande empreendimento, um belíssimo espaço, uma obra entregue pelo então ex-governador Jader Barbalho. Agora com a nova gestão do governador Helder Barbalho, nós podemos tornar isso possível.” Finalizou Thiago Farias.


O que é a FUNDAÇÃO CULTURAL DO PARÁ?

A Fundação Cultural do Pará (FCP) é uma instituição que tem como objetivo promover a preservação, o fomento e a difusão da cultura paraense, buscando valorizar e fortalecer as manifestações culturais do estado do Pará. A FCP tem como principal missão promover e difundir a cultura paraense, por meio de ações e projetos que visam a preservação e a valorização do patrimônio cultural do estado. Entre as suas principais atividades estão a realização de eventos culturais, a gestão de espaços culturais, a produção e difusão de conteúdos culturais e a formação de artistas e agentes culturais.

Outra importante atividade da FCP é a produção e difusão de conteúdos culturais. A instituição mantém a TV Cultura do Pará, que transmite programas culturais e educativos, além de produzir documentários sobre a história e a cultura do estado. A FCP também mantém a Rádio Cultura do Pará, que transmite uma programação musical diversa, com ênfase na música paraense e na música popular brasileira.

A formação de artistas e agentes culturais também é uma importante atividade da FCP. A instituição oferece cursos e oficinas nas áreas de teatro, dança, música, artes visuais, audiovisual e produção cultural. Além disso, a FCP mantém programas de incentivo à cultura, como o Prêmio de Artes Plásticas e o Prêmio Literário Cidade de Belém, que visam estimular a criação artística e literária no estado.

Conheça os espaços da FCP:

SEDE

É o CENTUR, que abriga a Biblioteca Pública Arthur Vianna, o Centro de Eventos Ismael Nery, o Teatro Margarida Schivasappa, o Cine-Teatro Líbero Luxardo, a Galeria Theodoro Braga, a Fonoteca Pública Satyro de Mello, além de halls e duas praças internas destinadas a grandes eventos;

Endereço: Av. Gentil Bitencourt, 650 - Nazaré, Belém - PA, 66035-340


CURRO VELHO

A unidade abriga salas, teatro, anfiteatro, biblioteca e o Núcleo de Práticas de Ofício e Produção para a realização de oficinas, cursos, espetáculos e programações diversas;

Endereço: Rua Prof. Nelson Ribeiro 287, Telégrafo - Belém/Pará, (91) 3323- 0049, CEP: 66.113-070

CASA DA LINGUAGEM

A unidade abriga biblioteca, auditório/cinema, galeria e instalações voltadas para cursos, oficinas e programações centradas em ações de linguagem verbal;

Endereço: Av. Nazaré 31, Nazaré - Belém/Pará, (91) 3323-0300, CEP: 66.035-170.

CASA DAS ARTES

Que oferta cursos, oficinas, mostras, espetáculos com a temática da qualificação em arte e ofício, sobretudo na vertente da economia criativa e do fomento ao audiovisual, dispondo de auditório/cinema, galeria, biblioteca, sala de dança, entre outros;

Endereço: Praça Justo Chermont 236, Nazaré - Belém/Pará, (91) 4006-2924 CEP: 66.035-140.

TEATRO EXPERIMENTAL WALDEMAR HENRIQUE

Destinado à realização de espetáculos de teatro, circo dança e música.

Endereço: Av. Presidente Vargas 645, Campina - Belém/Pará, (91) 3110-8650/8651, CEP: 66.017-000.­

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Quem sou?

Aos que não me conhecem, em poucas linhas me apresento. Sou colunista no jornal O Liberal, Bacharel em Direito, com MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); recebi meu primeiro prêmio nacional aos 21 anos, pela concepção do espetáculo Elegbará – O Guardião da Vida dentro do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, fui analista técnico e Parecerista do Ministério da Cultura em 2013, conselheiro titular no Conselho Municipal de Política Cultural do Município de Belém no período de 2014 a 2016.

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